Categorias
Sem categoria

No Dia Mundial do Sono, especialista em iluminação saudável dá 5 dicas para dormir bem

O sono é um componente vital para a saúde e bem estar geral das pessoas. É ele quem permite que o corpo se recupere e esteja pronto para outro dia, e mesmo que seja frequentemente negligenciado, é tão importante quanto uma alimentação saudável e exercícios.

Dados da Associação Mundial de Medicina do Sono mostram o quanto a privação do sono é cada vez mais comum. Por exemplo, 45% da população mundial tem distúrbios de sono, sendo que, no Brasil, 65% das pessoas não dormem bem. Outras estatísticas mostram que cerca de 21% dos adultos dormem menos de seis horas por dia e 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia crônica, com especial incidência nas mulheres e idosos.

A importância do tema é tamanha que, visando diminuir os problemas relacionados com a privação do sono existentes na sociedade e chamar a atenção para a importância do sono regular diário, no dia 17 de março é comemorado o Dia Mundial do Sono.

Apesar de muitos não se atentaram, uma das soluções para contribuir com uma boa noite de sono está na iluminação do ambiente, como explica a naturopata e especialista em projetos de iluminação saudável, Adriana Tedesco, do Studio Guido Projetos de Iluminação Integrativa.

“Através de estratégias técnicas específicas, onde projetamos a luz levando em consideração, posicionamento, angulações, temperatura de cor, análise espectral, tipo de iluminador, conseguimos criar cenários noturnos que podem contribuir para melhorar a qualidade do sono, possibilitando que a fisiologia noturna aconteça de forma natural. Com isso os usuários dos espaços terão melhores condições de entrarem em estado de relaxamento e calmaria”.

Quando falamos sobre a iluminação ideal à noite, Adriana explica que o melhor é a temperatura de cor âmbar que elimina o pigmento de cor azul do espectro da luz, tão prejudicial à saúde se utilizado a noite. A fonte de luz, do cenário noturno, deve vir de cima, preferencialmente de forma indireta, difusa, com baixa intensidade luminosa e em temperatura de cor abaixo de 2700 kelvin.

“Em meus projetos, crio cenários que simulam a natureza no pôr do sol, fazendo com que nosso organismo o reconheça, permitindo o funcionamento correto da glândula pineal e toda nossa fisiologia noturna”.

Pensando nisso, Adriana dá cinco dicas de como ir preparando, a partir das 8 horas da noite, em casa ou no quarto, um ambiente propício que não interfira no funcionamento natural da glândula pineal, que sintetiza melatonina.

  1. Não acender luzes muito intensas, de preferência um abajurzinho com uma cor bem amarelinha ou uma iluminação indireta que rebate no teto e vem de forma menos intensa para o nosso aparelho óptico, para a nossa visão;
  2. Ligar o menos possível de luz a partir desse horário, visando criar realmente um ambiente bastante aconchegante e que nada agride;
  3. Eliminar todas aquelas lâmpadas expostas que criam ofuscamento, spots com muito ofuscamento, iluminação que fique no eixo da visão, criando assim um ambiente mais aconchegante;
  4. Quem tem a habitualidade de acordar à noite por qualquer motivo, não acender também muitas luzes, deixando sempre ou um balizadorzinho, ou até mesmo luminárias que conectam na própria tomada;
  5. Fazer alguma rota de acendimento para que a pessoa, por exemplo, ao ir ao banheiro de madrugada, não desperte a ponto de bloquear a produção de melatonina, evitando dificuldade para voltar a dormir.

Adriana afirma ainda que, dependendo do estilo de vida e a forma com que a pessoa se expõe a luz natural e artificial durante o dia, pode agravar ou desencadear várias doenças, desde uma enxaqueca, até problemas cardiovasculares, como também atrasar a produção da melatonina, provocando má qualidade do sono, insônia, dependência a calmantes para dormir e falta de produção de hormônios essenciais a saúde, que só acontecem a noite.

Fatores como distúrbios do sono, insônia, dormir tarde, dificuldade para pegar no sono, dificuldade de relaxar e de baixar o estresse precisam ser observados e avaliados. Mas, segundo a especialista, é fácil detectarmos se estes sintomas estiverem relacionados com a luz, fazendo inclusive um teste de alguns dias consecutivos com o mínimo de luz possível, para percebermos se conseguimos dormir melhor.

“Hoje nossa maior preocupação é em relação aos cenários luminosos noturnos, que estão diretamente relacionados com a saúde dos usuários. Nossa missão é a de projetar ambientes saudáveis, utilizando a luz artificial como ferramenta para reintegrar e sincronizar o homem com a natureza, possibilitando que nossas casas, sejam nossas próprias  terapias de cura. Nosso foco está nas questões emocionais e comportamentais, sobre as pessoas e suas relações com a luz”, finaliza Adriana.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *